Article originally published on December 20th, 2019.

EN // Portuguese legend Hugo Pinheiro sets out on an adventure to surf a never surfed before wave in one of the wildest places in the world. We are talking about Iceland.

Hugo set off to conquer one such slab, taking along Heidar Logi, a local thrill-seeking surfer, and Mike Stewart, nine-time bodyboarding world champion, for the ride.

Not a country known for its surfing, Iceland is usually in the middle of North Atlantic storms and thus houses some hard, freezing waves that are yet to be tackled by surfers.

The feeling of being the first to ride a wave lit a fire in him. Well lit a fire in all riders involved in the mission.


PT // [artigo originalmente publicado a 20/12/2019]

O bodyboarder português Hugo Pinheiro aventurou-se numa jornada para surfar uma onda nunca antes surfada num dos sítios mais selvagens do mundo, a Islândia. E com ele levou nada mais nada menos que Mike Stewart. 

Um país pouco conhecido pelo surf, a Islândia encontra-se regularmente no meio de tempestades do Atlântico Norte, pelo que produz algumas ondas pesadas que ainda estão por conquistar. Por ser bodyboarder, Hugo não quis limitar-se a encontrar uma onda nova. Queria encontrar um slab: um tipo de onda que repele 99.9% da população, mas atrai aqueles que veem no medo e no desconhecido uma oportunidade.

Hugo partiu à conquista de tal slab com a ajuda de Heidar Logi, o surfista mais destemido da Islândia, e Mike Stewart, G.O.A.T do bodyboard e nove vezes Campeão do Mundo.

Aos 39 anos de idade, muitos deles passados em cima de uma prancha e na luta por títulos internacionais, Hugo Pinheiro já viu e fez de tudo. Ainda que faça parte do ADN do desporto desde o início, para Hugo tudo começou em 2015, quando foi o primeiro a surfar o Mar da Calha, uma onda na costa da sua terra natal, Cova do Vapor, Costa de Caparica, que quebra onde o Oceano Atlântico se funde com o rio Tejo. A sensação de ser o primeiro a surfar uma onda nunca antes surfada acendeu nele uma chama.

“Sair da zona de conforto. Quantas vezes nos aventuramos? O frio é, sem dúvida, o meu lugar desconfortável. Não há maneira de nos aventurarmos nesta parte do mundo sem preparação, sem equipamento correto. porque aqui a Natureza não perdoa, é dura e o corpo humano não suporta. Fui em busca de ondas nunca surfadas e trouxe comigo um dos momentos mais incríveis da minha vida.”


All photos by Miguel Nunes & Elli Thor/Red Bull Content Pool