Filipa Broeiro fez história na Praia Grande ao tornar-se hoje a quarta portuguesa a alcançar uma final do Sintra Portugal Pro. Depois de Rita Pires, Catarina Sousa e Joana Schenker (estas duas com vitórias na prova), a jovem de 20 anos bateu nas meias-finais a brasileira Isabela Sousa, quatro vezes campeã mundial, e foi defrontar a japonesa Sari Ohhara na bateria decisiva do campeonato. Infelizmente para os portugueses, Sari, campeã mundial em título, surfou exemplarmente e levou de vencida a jovem portuguesa por 13.75 a 12.25 pontos.

“Ainda não tenho bem a noção do que acabei de conquistar”, desabafou uma emocionada Filipa Broeiro momentos antes de subir ao pódio, acrescentando: “Fui para a meia-final com a Isabela com a ideia de surfar bem e divertir-me, não estava a pensar que pudesse ganhar. Quando tocou a buzina para o final da bateria nem estava a acreditar. Depois, com a Sari, senti-me bem, sem expectativas. Ela surfou muito, mas, quando acabou, fiquei com a sensação de que me faltou muito pouco para vencer.”

Foi o ponto mais alto do dia para os portugueses que viram ainda Joel Rodrigues ser eliminado na ronda 7 da competição masculina e Miguel Ferreira soçobrar nos quartos de final face ao costa-riquenho Yazdanny Castro.

Competição masculina que foi ganha pelo brasileiro Uri Valadão, um nome bem conhecido no Sintra Pro ou não fosse já esta a quarta vitória do “baiano voador” nas ondas da Praia Grande.

Valadão superou Pierre-Louis Costes, também ele um nome da casa e um claro favorito à vitória. O francês radicado em Portugal chegou à final, mas não conseguiu vencer o seu terceiro título do Sintra Pro em condições que pareciam desenhadas para o atleta brasileiro, conhecido como um dos mais letais do circuito mundial em ondas pequenas como aquelas que esta semana banharam a Praia Grande.

“Já me estou sentindo português. Foi maravilhoso, uma vitória especial que já perseguia há muito tempo. Batia sempre na trave, mas hoje fiz o golo. Foi maravilhoso porque foi frente ao Pierre e com emoção até ao fim. Espero que isto seja um novo começo para o bodyboard e que vejamos Sintra como um evento cada vez mais forte para os próximos anos”, afirmou a estrela brasileira.

 

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Na competição de Dropknee, o “prato principal” deste Sintra Pro, em que se coroou o campeão mundial desta variante de bodyboard, partia-se para este último dia com os havaianos a dominar com 4 atletas do arquipélago norte-americano nas meias-finais: Sammy Morretino, campeão em título, Dave Hubbard, histórico campeão detentor de oito títulos, Kellen Yamasaki e Kawika Kamai.

Depois de assentar a poeira, saiu vencedor Morretino, que assim conquistou o quarto título mundial de Dropknee, numa final disputada com Dave Hubbard, o confesso ídolo da sua juventude. “É a quarta vez que ganho aqui, a quarta final com o Dave, que cresci a idolatrar, pelo que é sempre uma sensação única”, disse Morretino, acrescentando que “É muito bom estar de volta a Portugal, de onde guardo gratas recordações, e ainda para mais ter um pódio completamente havaiano. Foi quase como estar em casa. Espero que este campeonato assinale o regresso do bodyboard depois de um ano sem campeonatos internacionais.”

Foi a conclusão de seis dias de ondas, festa na praia e um retorno à normalidade no bodyboard internacional, que viu regressar uma das etapas mais emblemáticas do circuito mundial, este ano, na sua 25.ª edição, aproveitando o quarto de século para fazer a estreia a nível mundial da categoria Pro Junior Feminina e a atribuição, uma vez mais, do cetro mundial em Dk.

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