Guilherme Montenegro começou a dar nas vistas há muitos anos. Não só para quem tinha a oportunidade de observá-lo em ação na sua praia local e no restante território brasileiro, mas também através das redes sociais cujo alcance, como bem sabemos, é feito à escala mundial. Com a sua entrada na equipa da Pride Bodyboards, em maio, com a qual assinou para os próximos três anos, o paradigma mudou para o jovem diamante sul-americano. Fomos saber porquê.


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Antes de mais, faz, por favor, uma apresentação pessoal…

Gui: Fala galera! O meu nome é Guilherme Montenegro, tenho 15 anos, nasci no Espírito Santo, em Vila Velha, Brasil. Comecei a apanhar ondas desde os meus 6 anos de idade, no coral do meio, que é onde costumo surfar até hoje.

Como se deu a introdução ao bodyboard?

Gui: Comecei o bodyboard através do meu irmão mais velho, que certo dia recebeu uma prancha pelo aniversário. Comecei a usá-la na praia, juntamente com o meu pai que acabou por entrar sempre na água comigo para ajudar-me a apanhar ondas.

“(…) ser vice-campeão mundial apenas no meu segundo ano de competições mundiais foi um dos meus maiores feitos”

Na fase inicial, quem foram os teus maiores influenciadores? 

Gui: Quem mais me influenciou a surfar e sempre me apoiou foi o meu pai. É ele que me acompanha até hoje em todas as viagens que faço para competições. Ele esteve sempre comigo em todos os momentos desde o início.

Como foi ser convidado para fazer parte da equipa da Pride Bodyboards?

Gui: Ser convidado para fazer parte da equipa de uma das melhores marcas de bodyboard do mundo foi um dos momentos mais importantes e de maior felicidade desde que pratico este desporto. Eu sei que com esse patrocínio vou evoluir muito.

“(…) fazer um bom resultado nas próximas etapas e ser campeão mundial nesta temporada é um dos meus objetivos”

Que tipo de vantagens esperas tirar dessa parceria?

Gui: Espero que seja uma parceria que dure por muitos anos, que eu possa levar cada vez mais o nome da marca para os campeonatos e dar o meu melhor no desporto.

Como definirias o teu tipo de bodyboard?

Gui: Diria que sou um bom bodyboarder, mas sei que tenho muitas e muitas coisas a melhorar ainda.

Onde tens estado mais focado em evoluir?

Gui: Sempre que treino tenho em mente corrigir os meus erros e fazer boas competições.

“Quem mais me influenciou a surfar e sempre me apoiou foi o meu pai”

O ano passado no circuito mundial acabaste por estar presente em duas finais e no final do ano foste vice-campeão mundial Pro Junior. Esse foi um dos maiores feitos da tua ainda curta carreira?

Gui: Sem dúvida, esse foi um dos meus maiores feitos de sempre, pois acabei por me tornar vice-campeão mundial apenas no meu segundo ano de competições mundiais.

Esta temporada ocupas o 5.º lugar no tour, mas ainda faltam algumas etapas. Qual o verdadeiro objetivo para este ano?

Gui: O meu objetivo para esse ano, muito seguramente, é procurar melhorar. Talvez fazer um bom resultado nas próximas etapas e ser campeão mundial nesta temporada.

“(…) sei que tenho muitas e muitas coisas a melhorar ainda”

Em termos de categoria masculina open, no circuito mundial, há uma nova geração a chegar com tudo. Quem consideras que será campeão mundial muito em breve?

Gui: Há muitos atletas a saírem da divisão Júnior e a passarem para o Open. Um dos que poderá ser campeão em breve é o brasileiro Misael Cezário que apresenta um bodyboard com muito estilo, o qual complementa com manobras radicais. Com certeza, será campeão na Open!

Para terminar, quais os teus planos a médio prazo? Digamos até 2030. 

Gui: Bem, até 2030 eu quero ser campeão Pro Junior, também aperfeiçoar o meu nível de bodyboard. Até lá, vou ter que me tornar profissional e espero fazer uma boa atuação nessa categoria.


Fotos de arquivo pessoal, IBC, Oficina Fábio Aquino & Ardiel Jiménez