O Caparica Primavera Surf Fest (CPSF) está de volta  para a quarta edição que decorre entre 22 e 31 de março, na Costa de Caparica. 

Ontem teve lugar a conferência de imprensa de apresentação daquele que é o maior festival de surf do país e um dos maiores da Europa que ainda oferece, além de grandes espetáculos desportivos, excelentes concertos com alguns dos melhores artistas nacionais.

No programa desportivo, o CPSF’ 2018 apresenta 14 competições (5 delas de caráter internacional) e 7 demonstrações de desportos de ondas, em 10 dias de ação “non stop” nas ondas da Caparica.

Desportivamente, o Caparica Primavera Surf Fest  distingue-se pela variedade e qualidade da oferta, com destaque para uma etapa do WQS, o Caparica Pro, a etapa de abertura do Circuito Pro Junior da WSL, o Caparica Junior Pro e, este ano, a novidade da etapa de lançamento do Circuito Europeu de Bodyboard, prova que tem na portuguesa Joana Schenker a campeã feminina em título.

Miguel Inácio, responsável pela organização desportiva do evento, sublinhou o incremento de qualidade desta edição do CPSF relativamente às edições anteriores: 

“O calendário sofreu um ‘upgrade’ significativo, com 25 provas em 10 modalidades, reunindo na Costa de Caparica mais de 1000 atletas. Temos também quatro protocolos com instituições que engrandecem este evento, como a World Surf League, a Federação Portuguesa de Surf, a Federação Europea de Surf e o Desporto Escolar.”

Miguel Inácio destacou o início muito forte do festival, com a competição a começar em níveis muito altos com o circuito europeu de Bodyboard. 

“O festival arranca em força com o Europeu de Bodyboard, com os melhores bodyboarders europeus e com o Desporto Escolar, que tem aqui a primeira etapa do seu primeiro circuito nacional.”

E acerca do Europeu, impossível não falar de Joana Schenker, campeã europeia e mundial de Bodyboard em título e grande fã do Caparica Primavera Surf Fest. Foi, aliás, neste evento, em 2017, que inaugurou a temporada que havia de a levar à conquista dos cetros europeu e mundial.

Na competição masculina, um dos pontos de interesse será o embate entre Hugo Pinheiro, aos 37 anos, um dos melhores bodyboarders portugueses de todos os tempos, e Daniel Fonseca, atual campeão nacional, de 24 anos.

“Para mim é duplamente especial competir aqui na Caparica. É a minha casa, com os meus amigos e família alargada, já que além da minha família tenho uma multidão de ‘primos’ com quem cresci a surfar aqui, pelo que a responsabilidade mas também o prazer de competir aqui são imensos”, explicou Hugo Pinheiro que teve um ano de 2017 ingrato, condicionado por uma lesão num ombro que o afastou da competição durante a maior parte da época.

Por seu turno, Daniel Fonseca aponta o CPSF 2018 como o possível tiro de partida para uma temporada em que o Nacional e o Europeu são os grandes objetivos, com algumas etapas do Mundial de permeio:

“Gosto muito de competir aqui, sempre tive uma boa relação com a Costa e tenho plena consciência da importância que estas etapas do Nacional e Europeu têm para o decorrer da minha época. Estou super motivado!”

Mas mais até que o Europeu de Bodyboard, o Caparica Pro, etapa do WQS (Circuito Mundial de Qualificação de Surf), é a prova rainha do calendário. 

E presente na conferência de imprensa esteve um dos principais candidatos nacionais ao pódio: Pedro Henrique antigo competidor do World Tour, ex-campeão nacional e finalista do Caparica Pro 2017 [quarto classificado com o Gony Zubizarreta a vencer a prova].

“O meu foco continua igual ao do ano passado: voltar a qualificar-me para o World Tour, mas a grande dificuldade tem a ver com os patrocínios ou, melhor, com a falta deles. O ano passado não fui ao Brasil e Havai e isso custou-me muitos pontos para a qualificação. Mas continuo muito motivado, tenho trabalhado muito com isso, tenho treinado com os técnicos David Raimundo e Nuno Telmo e isso dá-me muitas expetativas para este ano”, contou Pedro Henrique.

Também o Longboard terá uma representação forte no CPSF 2018, com uma etapa do Nacional e uma etapa do WQS da modalidade. 

Um dos portugueses mais fortes do momento é João Gama, 19 anos. O terceiro classificado do Nacional de 2017 está apostado em mostrar evolução e resultados na Caparica:

“Os objetivos são sempre os mesmos: ir o mais longe. No QS, o objetivo é a qualificação mas na prova é divertir-me e surfar com os melhores do Mundo. No Nacional, a ideia é mesmo vencer e conquistar o meu primeiro título nacional Open.”


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