À partida para a quinta e última etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola, em Peniche, no próximo fim de semana de 25 e 26 de novembro, Joel Rodrigues e Joana Schenker apresentam-se como líderes dos respetivos rankings, Open e Feminino, e com boas hipóteses de conquistar a licra verde Crédito Agrícola, símbolo que distingue os campeões nacionais.

Um símbolo que é familiar a ambos, afinal, Joel é o campeão em título, tendo vencido o circuito o ano passado, também em Peniche, enquanto Joana leva já 7 títulos nacionais, tendo cedido a coroa para Teresa Padrela em 2021 e depois assistido à ascensão de Filipa Broeiro em 2022. 

No que concerne às contas deste circuito de 2023, na competição Open, Joel tem travado uma luta cerrada com Ricardo Rosmaninho, mas com Daniel Fonseca (que joga em casa em Peniche) a seguir de perto os dois bodyboarders da Póvoa de Varzim. 

Joel teve uma eliminação precoce em Leça da Palmeira, palco da quarta etapa do CNBBCA 2023, com uma interferência que o afastou logo na primeira ronda, mas acabou por sair beneficiado com a interrupção do campeonato, fruto do nevoeiro que se instalou por mais de 6 horas. Situação que impediu a realização da final e, como tal, preveniu que algum dos seus rivais diretos amealhasse mais pontos (houve divisão pontual nas meias-finais).

“Estou confiante e tenho tudo para vencer, mas depois é o mesmo de sempre e tenho de passar um heat de cada vez”, diz Joel Rodrigues, assegurando que não há qualquer rivalidade especial com o amigo e colega no Clube Naval Povoense, Ricardo Rosmaninho. “É-me indiferente ser o Ricardo o concorrente direto mais próximo. Acho que é uma situação boa para nos motivar, mas não há nenhuma picardia entre nós.”

E quanto ao palco deste duelo, assegura Joel, não tem preferências, mas, se pudesse escolher “Gostava muito de competir no Molhe Leste. Nunca tive um campeonato ali, mas podia ser engraçado. É um pico onde nunca surfamos muitas ondas e era bem especial estar ali com apenas mais três bodyboarders.”

Entretanto, na competição feminina, Joana Schenker não esconde a ambição de reconquistar um título que lhe escapa há dois anos. “O último ano que me correu bem desta maneira foi em 2020, o último ano que ganhei o título. Confesso que o Nacional não era uma prioridade para mim, mas estar em primeiro é uma boa sensação. Foi uma época muito competitiva, com três vencedoras diferentes em três etapas. Em Leça estava a sentir-me bem, e com as minhas adversárias diretas a perder nos 1/4 de final, podia ter dado um golpe decisivo, mas tive uma surpresa [com a interrupção nas meias-finais devido ao nevoeiro]. Agora vou para Peniche com a mesma flexibilidade mental e tentar aproveitar as oportunidades, porque quem se der melhor ali vai ser campeã. E eu só quero ser campeã”, garante. 

Depois de quatro etapas, realizadas na Figueira da Foz, Santa Cruz, Praia Grande e Leça da Palmeira, são as ondas de Peniche que irão ajudar a apurar os novos campeões nacionais da modalidade. xxx