* Artigo publicado originalmente em 30/outubro 2018.

Os drop in fazem parte do mundo do bodyboard, mas são lamentáveis. A etiqueta na água, entre outras coisas, diz-nos que devemos esperar a nossa vez, não devemos entrar nas ondas dos outros e que quem está mais junto do pico tem prioridade. Respeitar os nossos pares, é disso que se trata

Aproveita este momento para fazer o teste, já de seguida, através da descrição das cinco desculpas mais usadas na comunidade, e vê se, também tu, és um dropinador de serviço. 

A) Desculpa, não te vi! Ou… desculpa, não te ouvi!

É definitivamente a desculpa mais usada no meio onde todas as explicações acabam por ser remetidas para o alheio – o contraluz, o uso de tampões e até a miopia. 

B) Bolas, pensava que ias para o outro lado!

Aparentemente, a falta de comunicação é a causa. Alguém devia ter dado um grito, avisado ao arranca, mas… não deu. Portanto, embora saibamos que houve alguém a sofrer um drop in, a explicação é que, afinal, a culpa não é de ninguém. 

C) Pensava que não passavas!

Quando alguém olha para trás, consegue ver-te e mesmo assim decide arrancar numa secção mais à frente, tendo perfeita noção do que está a fazer. Mais tarde, eis a explicação desprovida de qualquer lógica: “Pensava que não passavas!” LOL

D) Estou à espera há muito tempo! 

Olha, que azar! Apetece dizer. Esta é fortemente posta em prática por corredores de vagas que tentam impôr a sua condição de locais e que, por vezes, dá mesmo azo a acesas discussões. Não faz muito sentido a explicação, especialmente se a pessoa em questão acabou de fazer uma onda.  

E) É tempo de uma party wave!

Uma situação que se verifica muitas vezes entre amigos e quando as ondas estão escassas (ou inconsistentes). De forma a evitar o crowd, dois ou mais bodyboarders optam por surfar a mesma onda. Há quem refira que é pura partilha, mas atenção, tratando-se de um desconhecido a coisa pode correr mal. 

Afinal de contas, em que categoria te inseres? 
A de dropinador? Ou de dropinado?