A SOS – Salvem o Surf (SOS), após ter sido recentemente alertada pelas associações e empresas representativas do surf/bodyboard alentejano, nas vertentes desportivas e turísticas, pediu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para reprovar o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Expansão do Terminal de Contentores (TXXI) do Porto de Sines (3ª e 4ª fases) – AIA 2773.

Quando há cerca de 10 anos o Porto de Sines lançou o Molhe Leste, o TXXI e o terminal de Gás, os surfistas foram sensíveis aos argumentos do Porto de Sines e não se opuseram à obra. Após entrar em exploração em 2004, verificámos que os impactes negativos para o surf foram a perda do surf spot tubular ‘Kirra’ e a diminuição da altura da ondulação no extremo Noroeste da praia de São Torpes, onde se situa o surf spot ”Molhe”.

No entanto, em 2011, na eminência da 2ª fase do TXXI, com a extensão do molhe leste do Porto de Sines, os surfistas já contactaram a Administração do Porto de Sines (APS), preocupados com impactes mais elevados na Praia de São Torpes.

Foi, entretanto, observado, logo após a conclusão da extensão do Molhe Leste, graves impactes sobre a praia e os seus surf spots. Como é do conhecimento da comunidade surfista, os molhes de grande extensão absorvem e rodam a ondulação, o que geralmente altera a morfologia das praias e dos surf spots. Em particular em São Torpes os 400m da 2ª fase do molhe leste já se situam a Oeste da Praia de São Torpes que, em termos de ondulação, fica na sombra do molhe.

Por este motivo a SOS – Salvem o Surf uniu-se a associações e empresas representativas do Surf alentejano e irá levar a cabo uma manifestação simbólica no próximo dia 14 de fevereiro, pelas 11h, junto à Escola de Surf do Litoral Alentejano, em São Torpes. Aparece!