Ricardo Rosmaninho e Joana Schenker sagraram-se este domingo campeões da primeira etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola 2022, na Figueira da Foz, e lançam-se na campanha do título.

Para Ricardo Rosmaninho este é mais um ano na corrida pelo desejado título nacional, enquanto para Joana Schenker, sete vezes campeã nacional, marca o regresso às vitórias depois de uma atípica temporada de 2021 em que não venceu uma única etapa, acometida de uma dolorosa lesão nas costas.

Rosmaninho até começou mal a sua participação neste campeonato, ao sofrer uma pequena lesão no queixo, fruto de um choque com as pedras do pontão do Cabedelo da Figueira quando tentava abandonar o pico da competição. “Foi um sacrifício de sangue que parece que deu resultado”, brincou o bodyboarder do Clube Naval Povoense, que sem fazer um campeonato deslumbrante ao nível das pontuações, esgueirou-se praticamente sem erros até à final, batendo o vice-campeão nacional Miguel Ferreira, o favorito local, Miguel Adão, e o surpreendente Rodrigo Lopes, que foi um dos destaques maiores do campeonato, numa prestação oposta à de Rosmaninho. Ou seja, brilhou efusivamente durante toda a competição mas depois não conseguiu impor-se na final e terminou em quarto. Ainda assim, uma prestação que promete mais para a restante temporada por parte do jovem bodyboarder de Carcavelos.

Ricardo Rosmaninho resumiu assim a bateria decisiva do campeonato: “Foi uma final muito difícil, com condições muito complicadas, e as coisas ficaram entre mim e o Miguel Ferreira, mas cometi um erro de prioridade que felizmente o Miguel não aproveitou e depois tive a sorte de as ondas pararem quando estava a liderar. Tive essa sorte e arrecadei o primeiro lugar, o que me dá muita motivação para o resto do ano.”

Entretanto, se na competição masculina a vitória de Rosmaninho foi quase uma surpresa em contraponto aos atletas que se destacaram durante o campeonato, como Daniel Fonseca, Rodrigo Lopes, Miguel Ferreira, Pedro Correi ou face ao campeão nacional em título, Manuel Centeno (eliminado nas meias-finais), na prova feminina Joana Schenker dominou, tendo somado os dois melhores scores totais da prova e arrecadando uma vitória convincente, ainda que bem disputada frente a Madalena Padrela, a campeã nacional Teresa Padrela e Filipa Broeiro, três atletas da nova geração do bodyboard feminino nacional.

“Sabe muito bem voltar a ganhar”, desabafou Joana Schenker no final, explicando o que se passou em 2021 com a sua saúde: “Foi precisamente na Figueira, em setembro do ano passado, que acusei uma lesão nas costas que me atormentou durante os meses da competição. Mas passei 5 ou 6 meses a trabalhar na recuperação e agora estou normal e a competir bem. Não vou retirar-me já (risos) mas a concorrência é forte e é um excelente treino para o Mundial. Temos um Nacional fortíssimo e todos os anos sinto cada vez mais pressão, e é bom sinal porque vamos ter representação nacional no Mundial nos próximos anos.”

Open

1.º Ricardo Rosmaninho

2.º Miguel Ferreira

3.º Miguel Adão

4.º Rodrigo Lopes

Feminino

1.ª Joana Schenker

2.ª Madalena Padrela

3.ª Teresa Padrela

4.ª Filipa Broeiro

O Nacional reata a atividade apenas em setembro, em Matosinhos, para a segunda etapa que terá lugar em Matosinhos/Porto a 17 e 18 de setembro. Até lá! xxx

Fotografia de Hélio António / Bboardtv