Aproveitando a derradeira etapa da IBC World Tour, o Frontón King, que foi concluída há uma semana (ver resumo aqui), lançámos algumas questões a Guilherme Tâmega, brasileito que detém 6 títulos mundiais (1994, 1995, 1996, 1997, 2002, 2002) no currículo e fez um esporádico regresso à competição.
Fotos de Dani Quintana, Frontón King & Dooma Photos
Há uma nova coleção GT Boards no mercado. Fala-nos um pouco das suas valências e qualidades? Foi construída a pensar em que tipo de riders e ondas?
Guilherme Tâmega: Sim, é verdade, chegou a nova coleção da GT e eu estou sempre à procura da perfeição para cada ano, em cada mercado, escolhendo, independentemente das cores, o melhor material e shapes.
Todos os anos eu procuro personalizar cada um dos modelos para cada mercado diferente, ou seja, desenhar os shapes e a composição que é a mais adequada para o país de destino. Portanto, nem todas as GT’s são iguais no mundo todo, isto por força das ondas e da temperatura da água serem diferentes.
“Todos os anos eu procuro personalizar cada um dos modelos para cada mercado diferente”
Qual o modelo da tua preferência e porquê?
GT: Até hoje não sei. Amo todas as pranchas GT. Se repararem, em cada época uso um modelo diferente, pois, independentemente do shape e modelo, a maioria das pranchas são boas em todos os tipos de ondas.
Atualmente, estou curtindo a Fire Dragon, mas na temporada havaiana que está a iniciar agora, vou usar a nova Volcano que está um espetáculo, também a Fire Dragon e claro a Mega-T. Também uso uma Flash para ondas médias.
“(..) independentemente do shape e modelo, a maioria das pranchas são boas em todos os tipos de ondas”
2024 marca também o teu regresso a uma prova do circuito mundial, precisamente o Frontón King, a última competição em que participaste há 6 anos atrás. O que te levou a fazer este regresso?
GT: Bem, eu costumo assistir às etapas da IBC Tour que realmente curto, casos de Arica, Frontón King e Itacoatiara. E muitas vezes fico com vontade de estar presente e participar. Como este ano vim às Canárias em trabalho com a GT Boards, precisamente na mesma altura do Frontón King, pensei porque não competir?
Foi uma emoção tremenda, mas no final faltou aquela sintonia com o mundo competitivo que, atualmente, não está ao mesmo ritmo de outros tempos, claro. Porém, foi “fun“.
“(…) muitas vezes fico com vontade de estar presente e participar [em etapas da IBC Tour]”
Na altura, em 2018, arrecadaste um terceiro lugar na prova. Onde pretendias chegar desta vez?
GT: O objetivo era melhorar esse resultado, mas não consegui.
“(…) o Fronton é o “skatepark” dos bodyboarders no mundo”
El Frontón é definitivamente uma onda desafiante. Que mais te atrai e o que é preciso possuir para nela poder vingar?
GT: O desafio da onda é o que mais me atrai. Sem dúvida, o Fronton é o “skatepark” dos bodyboarders no mundo. É a onda que desafia os bodyboarders durante todo o tempo, seja nas manobras aéreas ou nos tubos. O desafio está sempre presente!
Como tens visto a evolução da competição e do próprio circuito mundial após a tua saída?
GT: O nível técnico está bem forte e a organização, a IBC, está a tentar fazer um bom trabalho. Tem que haver mais união e ter todos a bordo nessa jornada, porque se não vai acontecer o que aconteceu nos anos 90 .
“Dificilmente irei viajar para uma etapa do circuito mundial, mas se se tratar de Pipeline eu estou dentro”
Última questão. Este regresso à competição foi esporádico ou será que, no futuro, veremos o Guilherme Tâmega participar em mais competições, mesmo que seja pontualmente?
GT: Dificilmente irei viajar de propósito para uma etapa do circuito mundial, mas se se tratar de Pipeline eu estou dentro, com certeza. Talvez Arica e Fronton também.
Mais info: https://gtboards.store/eu/
Contacto: ricodistributioneu@gmail.com