Joel Rodrigues e Teresa Padrela sagraram-se campeões nacionais de bodyboard, em Peniche, ontem, com Padrela a bater a concorrência de Joana Schenker e da campeã nacional Filipa Broeiro, enquanto o campeão em título, Joel, ultrapassou o conterrâneo da Póvoa de Varzim, Ricardo Rosmaninho. Teresa venceu ainda a quinta etapa, enquanto Joel foi quarto classificado nesta tirada do Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola 2023 vencida por Miguel Ferreira.
Depois de um primeiro dia completamente dedicado à competição Open masculina, no Point Fabril (Praia das Azenhas), no lado Norte da península de Peniche, eis que a organização mudou a estrutura do campeonato durante a noite para Supertubos, no lado Sul, e foi aí, no arranque do feminino, que as coisas se começaram a definir para Teresa Padrela, com a eliminação precoce de Joana Schenker nos 1/4 de final da prova, enquanto Teresa Padrela e Filipa Broeiro seguiam em frente para as meias-finais, onde se encontrariam.
Nas meias, Filipa superou Teresa e ambas passaram à final, onde, desta vez, a bodyboarder de Carcavelos imperou, deixando Mariana Rosa em segundo e Filipa Broeiro em terceiro, arrecadando a licra verde para o próximo ano que distingue a campeã nacional e que Teresa já havia vestido em 2021.
Nos homens, a disputa estava entre Joel Rodrigues (foto em cima), campeão e líder do ranking à partida para a última etapa, Ricardo Rosmaninho e Daniel Fonseca.
Numa prova em que o nível de espetáculo foi, provavelmente, o mais alto da temporada, Ricardo Rosmaninho ficou pelo caminho nas meias-finais, deixando a coroa para Joel Rodrigues que assim conquistou o Nacional Open pelo segundo ano consecutivo.
Acontece que Daniel Fonseca, tricampeão nacional, dependia da eliminação dos dois rivais e acabou por também ficar matematicamente de fora nesta fase da competição, apesar de ainda chegar à final.
E que final, diga-se. Miguel Ferreira (foto em baixo), quarto do ranking, deu uma aula de bodyboard progressivo ao longo do dia, somando na final um total de 17.75 pontos, com um 9,50 e um 8,25 pontos, deixando Daniel Fonseca, Rodrigo Lopes e Joel Rodrigues em combinação durante a maior parte da bateria. A melhor reação chegou por parte de Fonseca que assinou uma onda de 10 pontos e uma de 7 pontos, enquanto Rodrigo Lopes também respondeu com um 8.60 e um 7.90. Notas que, por si só, seriam suficientes para vencer 90% das baterias. Joel Rodrigues, o quarto classificado somou “apenas” um 6.60 e um 5.50. Uma final incrível, sublinhe-se.
Miguel Ferreira tornou-se assim, o único atleta a vencer duas etapas (também triunfou em Santa Cruz), mas foi traído pela inconsistência das outras três tiradas do ano.
Joel Rodrigues, emocionado, promete começar uma dinastia de títulos, além dos que já possui. “É muito importante para mim ter sido campeão este ano. Esta foi uma das melhores finais que já tive e ser campeão com atletas deste nível é muito gratificante. Esta época senti-me quase na obrigação de ser campeão e agora espero continuar a sê-lo durante muito tempo”, referiu.
No final, Teresa Padrela também celebrou a reconquista do título, dizendo que “Não sei se este título sabe melhor que o primeiro, mas sabe bem voltar a conquistá-lo. Foi mesmo até à última, o que é interessante, pois mostra que o bodyboard feminino está bem. Não senti pressão, soube o que tinha de fazer graças a muito treino e dedicação e acho que chegar aqui em segundo do ranking e vencer, ajudou-me a crescer como atleta.”
Até 2024!