Não é mentira! É mesmo a 1 de abril que arranca o Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola 2023, na Figueira da Foz, com Joel Rodrigues e Filipa Broeiro a defender as licras verdes Crédito Agrícola de campeões nacionais.
Joel Rodrigues é, apesar dos seus 18 anos, um valor seguro do bodyboard nacional, tendo-o provado com a conquista do título nacional em 2022 superiorizando-se à concorrência em Peniche, num contexto competitivo complicadíssimo em que oito homens podiam ter conquistado a camisola verde do Crédito Agrícola.
Para 2023, o discurso do atleta do Clube Naval Povoense é claro e tranquilo: “Quero repetir o título e voltar, pelo menos, a vencer duas etapas. O ano passado venci em Leça da Palmeira e Peniche. Este ano queria uma época a papel químico da anterior. Quais quero vencer? Isso é irrelevante, não tenho preferências.”
Questionado acerca dos principais rivais para este ano, o campeão foge a nomear alguém, recordando o que se passou em 2022, dizendo apenas que “Há muita gente com capacidade de conquistar o título, basta ver o que aconteceu o ano passado em que, à última etapa, tivemos oito candidatos. Isto diz bem da qualidade e competitividade do Nacional, mas isso é que é bom.”
Por seu turno, Filipa Broeiro, de 21 anos, campeã nacional feminina, não é tão assertiva na sua ambição, mas deixa entre linhas o que pretende para a presente temporada. “Não tenho grandes expectativas para este ano a não ser dar o meu melhor. Sei que se o conseguir, coisas boas vão acontecer. E depois, em paralelo, quero mostrar um bodyboard mais progressivo em competição”, começou por dizer.
Relativamente ao circuito na sua globalidade, a bodyboarder do Ericeira Surf Clube deixa um importante elogio: “Achei excelente termos cinco etapas, mais uma que o ano passado, e também gostei muito de ter uma prova em Sintra. Porque sou local da Praia Grande e porque tenho muito boas recordações competitivas ali!” (N.E.: Filipa foi vice-campeã do Sintra Portugal Pro, etapa do Mundial, em 2021)
Falando especificamente do arranque do circuito, na Figueira, a campeã já é menos entusiástica, afirmando que “Se for no Cabedelo, é uma onda um pouco desafiante para o meu estilo, pois, por vezes, consegue ser um pouco mole e de difícil leitura. Porém, gostava que tivéssemos sorte e apanhássemos o verdadeiro Cabedelo da Figueira da Foz.”
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, também vê com agrado o regresso do circuito à rainha da Costa de Prata: “Receber na Figueira da Foz a 1.ª etapa do Circuito Nacional de Bodyboard é, sem dúvida, muito prestigiante. Temos acompanhado o crescimento da modalidade nas nossas praias, o bodyboard é uma atividade que está a ganhar cada vez mais adeptos e ser a cidade escolhida para o arranque do circuito nacional é, para todos os figueirenses, uma grande alegria.”
O autarca figueirense acrescenta argumentos como o estímulo económico e desportivo deste arranque de época de bodyboard nacional no seu concelho. “Um evento deste nível divulga o concelho, movimenta a economia, estimula o crescimento do bodyboard e fortalece ainda mais a posição da Figueira da Foz como um dos principais destinos para a prática dos desportos de deslize em Portugal. Esperamos ter um fim de semana com boas ondas para os atletas, dignas de uma etapa do circuito nacional,” diz.
1ª etapa: 1/2 abril – Figueira da Foz
2ª etapa 6/7 maio – Santa Cruz
3ª etapa – 2/3 setembro – Sintra
4ª etapa – 30 set/1 out – Matosinhos & Porto
5ª etapa – 4/5 novembro – Peniche