“Leça pode colocar gente na corrida ou definir campeões”, diz Manuel Centeno.
O Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola 2023 entra na reta final este fim de semana, dias 30 de setembro e 1 de outubro, com a realização da 4.ª etapa de Porto/Matosinhos a ter lugar na Praia de Leça da Palmeira.
Uma etapa que pode ser decisiva para definir o campeão nacional numa altura em que Joel Rodrigues (atual detentor do título) e Teresa Padrela lideram os respetivos rankings open masculino e feminino.
Joel (foto no topo), contudo, tem na perseguição Ricardo Rosmaninho e Daniel Fonseca, enquanto Teresa terá de manter longe do primeiro lugar Joana Schenker e a campeã nacional em título, Filipa Broeiro.
Contudo, num circuito composto de cinco etapas, com Peniche no horizonte, e quatro a pontuar, todos os cenários ainda são possíveis. Esta é a opinião de Manuel Centeno, 43 anos e campeão nacional por 9x. Currículo ímpar no panorama da modalidade de um local da praia de Leça e com um capital de experiência que lhe empresta muita legitimidade para traçar cenários possíveis.
“Acho que o formato de cinco etapas como temos este ano torna tudo mais justo. Ganhar uma etapa pode ser sorte, mas manter a consistência traz mais verdade desportiva. Dito isto, e contas feitas, Leça da Palmeira pode ainda meter pessoas na corrida, mas pode ser a estocada final e definir os campeões nacionais”, diz Centeno, que aproveita também para recordar que “Já tive um circuito em que passei de nono para primeiro.”
O multicampeão nacional, porém, diz que para esta etapa deseja apenas não repetir os erros das etapas prévias: “Senti falta de ritmo nas etapas anteriores por falta de intensidade de treino. Meti um bocado mais de intensidade. Queria ser o Manuel Centeno com pica e motivação para chegar à final, sem cometer erros como fiz na última etapa. Há o fator motivacional acrescido de jogar em casa, é como defender a terra. Vai-se buscar uma força extra.”
O treino, esse, está sempre presente. E o bodyboard também, mesmo num regional do Norte, em Leça, onde apenas perdeu para Ricardo Rosmaninho no Open e para Diogo Oliveira em Masters.
“Hoje em dia, qualquer atleta que esteja a disputar o título é malta que se dedica quase inteiramente a isto. É o principal objetivo nesta fase da vida deles. Quem quiser vingar em qualquer área, tem de se concentrar de forma quase desequilibrada, no bom sentido. Sempre tive essa abordagem. Há relativamente pouco tempo, tive vontade de desenvolver outras coisas, mas se analisarmos a nível físico e mental, mantenho-me bem, ao nível de quem disputa o título. A parte mental é que se calhar… bem, estou numa fase da vida em que se calhar já não é tão importante. Quero é disputar uns heats e divertir-me”, termina por dizer.
Quem conhece Manuel Centeno sabe que sempre que a buzina soa, o animal competitivo vem ao de cima. Veremos este final de semana que cenário se desenha: se a confirmação dos líderes Joel Rodrigues e Teresa Padrela ou uma mexida nos rankings, quem sabe, com Manuel Centeno também a baralhar as contas.
Para acompanhar a partir de sábado. xxx