A APB ainda não emitiu qualquer comunicado e o Alex Leon também se esqueceu de referir o facto quando aproveitou recentemente para dizer que o calendário da próxima temporada está quase a ser lançado (aqui).

Porém, já desde o Sintra Pro, em setembro, que havia a possibilidade do internacional de Pipeline não se realizar no início de 2015. A informação foi-me passada precisamente nessa altura, mas ainda sem estar totalmente confirmada. Por esse motivo, decidi não agitar águas e ver que novidades os próximos tempos nos traziam.

Agora, uns quantos meses mais tarde, e parece que a situação não mudou. Tudo indica que esta que é uma histórica prova do bodyboard, a mais emblemática até para a grande maioria dos bodyboardes, não terá mesmo lugar no próximo ano.

Aparentemente, os motivos que se prendem com a sua realização não têm propriamente a ver com a falta de patrocínios (embora estes também não estejam certos), mas antes com a pouca visibilidade do desporto (mau streaming e deficiente cobertura nos media) e ainda pelo facto da praia ter ficado muito suja na edição deste ano.

O Havai e as entidades locais não olham para estas questões de ânimo leve e esse terá sido mesmo um dos motivos que levou à equação/análise/decisão da não atribuírem uma licença ao evento de bodyboard por excelência no North Shore para 2015.

É verdade que ainda existe uma réstia de esperança, até porque um circuito mundial sem uma competição em Pipeline não é a mesma coisa, mas, caso a prova não se venha a realizar, este mais não é do que um bom exemplo da incapacidade organizacional do bodyboard. 

No final os motivos podem ser vários, mas este não passa de mais um “tiro no pé” que nenhum bodyboarder merecia.


Fotografia: ASP/Kirstin Scholtz