A ASSOCIAÇÃO DE SURF DE AVEIRO VOLTOU A CONFIRMAR PARA ESTA TEMPORADA A REALIZAÇÃO DO CAMPEONATO NACIONAL DE BODYBOARD MASTER, DROPKNEE & KNEEBOARD OPEN.
Por esse motivo, alguns clássicos do bodyboard nacional não hesitaram em rumar à Praia da Barra, Ílhavo, no fim de semana. Em causa estavam os títulos nacionais Master +35 anos, Kahuna +45 anos e Dropknee Open, mas também um momento de convívio, de rever amigos e passar bons momentos.
Com a previsão do estado do mar e do tempo pouco favorável, a organização tomou a decisão de realizar a prova num único dia (sábado), aproveitando assim a ondulação de +1 metro que se fazia sentir e o vento sul que abria especialmente as direitas. A decisão acabou por ser a mais acertada, pois o dia revelou-se pleno de Sol quando o que se esperava era períodos de chuva intermitente ao longo do dia.
Em termos competitivos, Tiago Pimentão (Ericeira Surf Clube) apresentou-se em grande forma e acabou por agarrar com alguma naturalidade o primeiro lugar da categoria Dropknee Open. Para Pimentão, que já havia conquistado o seu primeiro título nacional nesta vertente em 2014, foi a confirmação de todo o seu talento, mas também uma forma de reivindicar o regresso da disciplina Dropknee num futuro circuito nacional de bodyboard.
Com muito mérito e sempre a dar luta, José Moreira (Surf Clube de Viana) sagrou-se vice-campeão nacional, enquanto Tiago Maçãs (Associação Sealand Santa Cruz) ficou em terceiro lugar e Rodrigo Côrte-Real (Associação de Bodyboard Palheiros da Tocha) com a quarta posição.
Nos Masters +35 anos, definitivamente a categoria mais competitiva, Jaime Jesus (Associação de Bodyboard Foz do Mondego) começou a final da melhor forma, assinalando uma onda de 8,00 pontos, à qual veio a juntar uma segunda de 5,00 pontos. Com uma pontuação combinada de 13,00 pontos, este conhecido bodyboarder da Figueira assumiu a liderança e acabou mesmo por conquistar o seu primeiro título nacional de sempre.
Com 11,85 pontos, Manuel Centeno (Associação Onda do Norte) ficou em segundo lugar, Ruben Cabral (Associação de Bodyboard Foz do Mondego), com 10,25 pontos, foi terceiro, e Evandro Amorim (Associação de Surf de Aveiro), com 8,25 pontos, a representar a armada local, terminou em quarto.
A competição acabou por encerrar com a final Kahuna +45 anos, que, surpreendentemente, registou mais inscritos este ano, ultrapassando até em largo número as presenças das restantes categorias. Com a eliminação de Rui Rebelo, o campeão em título da categoria, nas meias-finais, os quatro finalistas lançaram-se à água com um objetivo bem claro: vencer!
As estratégias revelaram-se algo divergentes, pois uns optaram por competir mais à esquerda, outros mais à direita e outros só decidiram arrancar nas maiores ondas dos sets. Nas fases anteriores, Nuno Leão (Aqua Carca) já tinha mostrado o competidor feroz que ainda é. Por isso, quando soou a buzinadela de início de heat ele era, sem sombra de dúvida, o principal candidato à vitória.
No entanto, foi João Zamith (Surf Clube de Viana), antigo competidor nacional e do circuito mundial, quem acabou por ter a melhor escolha de ondas, conseguindo registar duas notas na casa dos seis pontos (6,25 + 6,00 = 12,25), sagrando-se assim, com todo o mérito, o novo campeão nacional Kahuna +45.
Nuno Leão (8,90 pontos de score), por sua vez, esteve em segundo até poucos segundos do final, altura em que António Fonseca (Associação Sealand Santa Cruz) desferiu várias manobras para a esquerda, tendo sido premiado com uma nota de 5,35 pontos nesse seu último esforço, passando a somar 9,80 pontos de score, avançando de quarto para segundo lugar na final (revalidando o título de vice) e afastando o bodyboarder de Carcavelos para terceiro.
No quarto lugar, com 8,75 pontos, ficou Rodrigo Côrte-Real que foi uma boa surpresa na competição e está de parabéns, não só pelo desempenho demonstrado, mas também por ter disputado dois títulos na competição (Kahuna + Dropknee).
Obrigado à Federação Portuguesa de Surf, à Associação de Surf de Aveiro e em especial ao Pedro Velhinho, por todo o trabalho e por continuarem a promover estes encontros com os velhotes do bodyboard. Até 2024!
