A música mais ouvida no mundo também brilha n’O Sol da Caparica. O Hip hop é uma das coordenadas de luxo do complexo mapa musical de que se faz este festival que pode ter uma só língua, mas que tem muitas cores.

Vêm do Porto, do Catujal, de Almada, de Mem Martins e de São Paulo, do lado de lá do Atlântico. Vêm dos anos 90, do início deste milénio, vêm de agora. E dirigem-se todos ao futuro: Dealema, Regula, Carlão, Bispo e Criolo são representações possíveis, na língua de Camões e de Chico Buarque, de uma cultura global de rimas e de batidas que é hoje a música mais ouvida do mundo.

Bispo, o mais jovem do grupo, explica que vem fechar o ciclo inaugurado com Fora d’Horas, o trabalho de temas como “Lembra-te” que lhe deu um enorme grau de notoriedade: 

“Vai ser um concerto especial. Preparo-me agora para um novo ciclo e sei bem que o público do Sol da Caparica é especial e que vai puxar por mim. Estou ansioso por subir ao palco”, explica-nos o rapper que acabou de assinar pela Sony e que deverá regressar às edições em 2018.

Carlão e Regula são dois pesos pesados dos dois lados da ponte 25 de Abril: juntaram esforços em 5:30, projeto em que também militava Fred Ferreira, e agora, cada um com os seus trabalhos a solo, vêm ambos à Caparica fazer a festa. Regula prepara a edição de Ouro Sobre Azul e virá com a mala carregada de bangers como “Pay Day”. Carlão celebrará o espírito da margem sul com o seu novo hit, “Viver Para Sempre”.

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Do Porto virão os veteranos Dealema, o mais consistente grupo em mais de duas décadas de carreira, com uma discografia cheia de hits, mestres da “Geração dos 90” que nos vão levar a todos a bordo do seu “Expresso do Submundo”. A mesma língua, um outro sotaque, uma força desmedida. Fuse, Mundo Segundo, Ex-Pião, Maze e Dj Guze trazem o que melhor de hip hop se faz por terras lusas.

E finalmente, do Brasil, chega Criolo: este mestre da palavra de São Paulo mistura hip hop com fermento para a massa, com um outro balanço, uma outra ginga, mais sambada, mais tropical. O homem que já acumula cinco álbuns – mais colaborações com Emicida e Ivete Sangalo – lançou Espiral de Ilusão já este ano e está cheio de novas rimas para nos agitar a todos. Vai ser incrível, certamente!


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