Pedro Correia é o nome de batismo, mas entre os amigos é conhecido como Pedrim. Este açoriano de 23 anos, natural da ilha de São Miguel, é um dos riders de destaque nos dias que correm. O que mais gosta na vida? A resposta é simples: viajar, fazer novas amizades, estar com a família e os amigos. Acima de tudo, divertir-se em tudo o que faz. Esta é a atualização possível.

Estás de volta depois de uma temporada por Inglaterra. Qual o motivo?
Além das saudades, o que me motivou a regressar foi o facto do meu trabalho não estar a cobrir as despesas.

Apanhaste umas ondas por lá?

Sim, tive a oportunidade de surfar as águas geladas de Inglaterra. O pico que surfei com mais regularidade foi Hot Pipe, uma slab muito estranha feita em cimento que quebrava entre quatro postes e dois portões de ferro. Ainda fui a Cornwall, mas não tive muita sorte com as ondas. Nesse período aproveitei para ir às Canárias e participar no Frontón King. Gostava que tivesse corrido melhor, mas foi das viagens mais loucas que já fiz!


Como está o bodyboard pelos Açores? 

Atualmente anda fraco. Vejo poucos iniciantes e noto também cada vez menos a malta reunida no parque da praia a fazer o xoléé de sempre… mas depois há aqueles que continuam a surpreender sempre e a querer progredir mesmo sem qualquer apoio. Ao nível da organização há cada vez mais associações e clubes, mais “atropelamentos” entre uns e outros. A verdade é que o surf está em massa e eu nem quero imaginar quando as viagens low cost para as ilhas começarem…


Além do dinheiro, que falta aos bodyboarders açorianos para poderem dar o salto?

A solução que vejo é sair ou criar oportunidades. São Miguel e as restantes ilhas têm boas ondas para treinar, ainda que o crowd seja menor quando comparado ao continente. Mas, claro, para sairmos há custos inerentes e quanto mais nos afastamos dos Açores mais estes aumentam. Com esforço conseguem-se reunir alguns apoios locais, mas, no que diz respeito a apoios exteriores, já é mais complicado devido ao mercado ser muito reduzido. Se já é difícil conseguir apoios dentro das marcas do bodyboard, mais difícil é em entidades que pouco ou nada conhecem do desporto.



Como tem sido a temporada de inverno até ao momento?
O inverno está ser muito bom, nem que seja pelo facto de estar cheio de feridas nos pés de tanto remar. (risos) Foram muitas as sessões de boas ondas, mas destacaria o dia 25 de dezembro como uma das melhores até agora.


Que planos e projetos tens guardados para a temporada 2015?


Para este ano tenho umas ideias para lançar uns vídeos e assim trabalhar para conseguir novos patrocínios. Na vertente competitiva vou reunir esforços/apoios para correr o circuito nacional com vista a fazer parte do top 16 e assim talvez participar nos mundiais de Sintra e da Nazaré, se esta se concretizar, claro. De resto, será andar pelos Açores porque há muita costa por surfar. Gostaria de agradecer à Choose Clothing e ao Espaço Azul pelo continuo suporte.

P.S.: O dia a dia de Pedrim pode ser seguido através da sua conta no Facebook.


Fotografia: Rui Soares/Azores Action Sports | Facebook