A revelação de novas estatísticas parecem indicar que a mudança da hora pode, na verdade, ajudar a matar pessoas. Aquele ritual em que trocamos uma hora da manhã por mais alguma luz ao final da tarde pode parecer absolutamente inofensivo, mas na verdade tem causa direta na qualidade de vida dos humanos. 

Anualmente, no dia que sucede a primavera e a mudança da hora ocorre, os hospitais norte-americanos registam um pico de 24% de visitas relacionadas com ataques cardíacos. Poderão dizer que se trata de coincidência, mas os dados dizem-nos que não. 

É que no dia seguinte ao acerto dos relógios, como que a comprovar a teoria, os números de visitas aos hospitais voltam a cair 21%. Os dados parecem querer dizer que o adiantar da hora causa interrupção do sono – o que não é benéfico para a saúde.

Os investigadores referem mesmo que a simples mudança de hora priva o ser humano de sono em cerca de 40 minutos; o que nos recorda o quão frágil e suscetível é na verdade o nosso corpo. Executada duas vezes ao ano, a alteração do horário no outono é vista como uma bênção, mas na primavera como uma maldição fatal.

A tendência de ataques cardíacos dura apenas um dia, mas o corpo pode demorar semanas a recuperar da mudança. O estudo refere ainda que, graças às diferenças horárias, ficamos mais propensos a fazer erros durante a condução – só nos Estados Unidos são 30 as mortes associadas a esta causa durante 2002-2011. 

A hora legal em Portugal continental e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, no ano de 2018, será adiantada de 60 minutos à 1 hora UTC do dia 25 de março e atrasada de 60 minutos à 1 hora UTC do dia 28 de outubro.

Portanto, moral da história… no próximo dia 25 de março façam o favor de ter especial cuidado com o coração e/ou sempre que tenham que conduzir.